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Esposa de ativista brasileiro detido em missão humanitária à Gaza conta detalhes da prisão: 'Ameaças e punições' 51604a

Esposa de Thiago Ávila, Lara de Souza, relatou ao Terra Agora como foi a prisão do ativista, deportado após ar mais de 24h em solitária e6r3a

12 jun 2025 - 19h13
(atualizado às 20h28)
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Resumo
O ativista brasileiro Thiago Ávila foi detido e deportado de Israel após participar de missão humanitária à Gaza, enfrentando isolamento e ameaças antes de retornar ao Brasil.
Forças israelenses interceptaram navio de ajuda humanitária que tentava chegar em Gaza. A bordo estavam a sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila, entre outros ativistas
Forças israelenses interceptaram navio de ajuda humanitária que tentava chegar em Gaza. A bordo estavam a sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila, entre outros ativistas
Foto: Reprodução: Instagram/FreedomFlotillaCoalition

O ativista brasileiro Thiago Ávila, que participava da missão humanitária da Flotilha da Liberdade com destino à Faixa de Gaza, foi deportado de Israel nesta quinta-feira, 12, após ar mais de 24 horas em uma cela solitária, além de sofrer ameaças. A informação foi confirmada por sua esposa, Lara de Souza, em entrevista ao Terra Agora. 4d60f

Thiago fazia parte da tripulação do barco "Madleen", que levava alimentos e suprimentos para a população palestina. Na embarcação estavam ativistas de diversas nacionalidades, incluindo a sueca Greta Thunberg. O grupo foi interceptado pelo exército israelense no domingo, e desde então, os tripulantes enfrentaram diferentes formas de detenção.

"Hoje de manhã, uma advogada do Thiago me ligou avisando que ela estava indo visitá-lo. Ontem, o Thiago foi colocado em solitária na prisão onde eles estavam. E, algumas horas depois, ela me liga dizendo que ele tinha sido levado para o aeroporto sem ela saber", relatou Lara. Segundo ela, a advogada não pôde falar com o ativista, e a embaixada brasileira também não conseguiu contato com ele: "Não foi autorizado pelo exército israelense".

Durante a detenção, os ativistas receberam um documento para que implicaria aceitar a deportação voluntária e assumir a acusação de entrada ilegal no território palestino. Thiago recusou. "Era assumir um crime que eles não cometeram", disse Lara, visto que a embarcação estava em águas internacionais e, portanto, fora da jurisdição israelense.

Thiago e outros sete ativistas se negaram a . Já quatro, incluindo Greta Thunberg, seguiram orientação da própria Flotilha e am para acelerar o processo de deportação. A estratégia visava garantir que os nomes mais visíveis pudessem divulgar rapidamente o que havia ocorrido.

A negativa de Thiago em resultou em sua permanência sob custódia por mais tempo. De acordo com Lara, o motivo oficial para o isolamento não foi confirmado, mas acredita-se que tenha sido uma retaliação. "A gente recebeu, pela embaixada, a suposição de que foi porque ele fez greve de fome desde a detenção. Mas não foi algo confirmado."

Ela também disse que Thiago foi impedido de se comunicar com a família, ao contrário de outros detidos: "Thiago não teve direito a nenhuma ligação. Desde que ele foi detido, a gente não se falou, desde domingo, quando o barco foi interceptado."

Ameaças e punições q2p4a

Segundo Lara, Thiago foi ameaçado enquanto estava em custódia. "Quando ele foi levado para a solitária ontem, de manhã, ele levou para ela (a advogada) que tinha sido ameaçado. Que o ameaçaram que deixariam ele lá por mais de sete dias, na solitária." Ele permaneceu no isolamento até ser levado ao aeroporto. 

Lara aponta que foi informada pela organização que coordenadores, como Thiago, recebem punições mais fortes pela sua responsabilidade nas missões.

O ativista embarcou para Madri e, de lá, seguiu rumo a São Paulo. A chegada está prevista para às 5h20 da manhã desta sexta-feira, 13, no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Histórico de militância e a motivação pessoal 3w5u4s

Thiago é ativista da causa palestina desde 2005, e se envolveu mais ativamente com a Flotilha da Liberdade a partir de 2023.De 2024 até agora, a organização realizou quatro tentativas de romper o bloqueio israelense com ajuda humanitária. A última, no mês ado, resultou no bombardeio de uma embarcação em águas maltesas.

Lara relatou que a motivação do marido ganhou novo sentido após o nascimento da filha do casal, hoje com 1 ano e 5 meses: "Para além da noção e toda a defesa da justiça social que a gente fazia, a nossa motivação é ver os vídeos das crianças sendo bombardeadas em Gaza, das crianças sendo operadas sem anestesia, as crianças sendo soterradas...Olhar para nossa filha e pensar: se fosse ela, eu precisaria que alguém fizesse alguma coisa. Eu precisava que o mundo olhasse."

A missão humanitária e a coalizão internacional 2b4g4b

A Flotilha da Liberdade é uma coalizão internacional fundada em 2010, que realiza ações não violentas para denunciar o bloqueio à Faixa de Gaza e entregar ajuda humanitária. Nesta missão, o barco "Madleen" transportava alimentos como leite, sucos, arroz, barras de proteína e conservas, segundo o jornalista italiano Andrea Legni, também a bordo.

Além de Thiago e Greta, participaram da ação nomes como a parlamentar sa Rima Hassan e ativistas de países como Turquia, Espanha e Holanda. A coalizão denuncia a repressão de Israel às tentativas de ajuda humanitária à região cercada há anos.

Fonte: Redação Terra
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