‘O que mais faltava? Eu estar morta?”, desabafa vítima de estupro após condenado poder recorrer em liberdade
Edilson Florêncio da Conceição foi preso em flagrante, confessou o crime e foi condenado a oito anos, mas ficou detido apenas dois meses
Após ser condenado a 8 anos de prisão por estupro de vulnerável, o lutador de MMA e motorista de aplicativo Edilson Florêncio da Conceição foi liberado para recorrer em liberdade. A vítima, Renata Coan Cudh, não queria se expor, mas decidiu não se manter calada após a decisão, que considerou uma injustiça. “O que mais faltava? Eu estar morta? Isso que ia fazer valer a lei?”, desabafou.
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A declaração foi dada durante a participação de Renata no programa Encontro, da Rede Globo, nesta quinta-feira, 11.
O caso aconteceu no dia 19 de janeiro deste ano. Renata, de 34 anos, estava saindo de uma festa quando resolveu chamar um carro por aplicativo para ir embora. Segundo a empresária, ela foi "sequestrada, violentada e estrangulada até quase a morte".
Até a última segunda-feira, a vítima ainda não havia se exposto nas redes sociais. No entanto, com a liberação do criminoso, Renata publicou um vídeo nas redes sociais no qual relata os momentos de terror vividos na noite do crime.
"Eu não tive chance nenhuma de defesa. Me lembro de cada segundo do ar faltando. Por mais que eu tentasse transparecer que eu estava bem nas minhas redes sociais, nesses últimos quatro meses, eu e minha família sofremos em silêncio. Porque não queríamos exposição", disse em vídeo.
Como explicou a vítima em sua participação no programa, o “Edilson Moicano”, como é conhecido o lutador, foi preso em flagrante por três policiais que avam pelo local no momento do crime. Ele tentou fugir do local após o estupro, mas acabou sendo levado pelos agentes. Além disso, ele também confessou o crime.
“A Justiça, em si, levou a pena mínima de estupro e ainda deixou a pessoa na rua. E isso dói muito. Porque depois de tudo, depoimento, ele ser réu confesso, terem os policiais, testemunhas oculares, o flagrante… E mesmo assim, o que mais faltava? Eu estar morta">O processo corre em segredo de Justiça. A reportagem não localizou a defesa de Edilson Florêncio da Conceição. O espaço segue aberto e será atualizado em caso de posicionamento.
Em caso de violência contra a mulher, denuncie
Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180). Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada. Saiba mais sobre como denunciar aqui.