Script = https://s1.trrsf.com/update-1749766507/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Haddad critica Nikolas e Jordy, é chamado de 'moleque' e tumulto encerra audiência; veja vídeo w2t1m

Ministro classificou inicialmente como 'molecagem' o fato de os deputados Carlos Jordy e Nikolas Ferreira terem feito questionamentos e deixado a sala antes das respostas 6c4a35

11 jun 2025 - 15h07
Compartilhar
Exibir comentários

3j6v67

BRASÍLIA - Um tumulto levou ao encerramento da audiência pública conjunta das comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados que ouvia o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira, 11.

A confusão generalizada, provocada após um pedido de questão de ordem do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), teve bate-boca e muita circulação de assessores transmitindo o desentendimento ao vivo nas redes sociais. Com isso, o presidente da audiência, o deputado Rogério Correia (PT-MG), encerrou a sessão e dispensou o ministro.

A despeito dos pedidos de deputados da oposição para que a sessão continuasse, a confusão imperou e foi inviável seguir com o debate. Após anunciar o encerramento da sessão, deputados da oposição gritaram "fujão" para Haddad.

Durante sua fala, Haddad disse que estava perdendo um pouco de seu tempo para desabafar sobre o comportamento dos deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Nikolas Ferreira, classificando como "molecagem" o fato de eles terem feito questionamentos e apontamentos sobre as contas públicas e deixado a sala de comissões antes de ouvir as respostas.

Audiência com Haddad foi encerrada após tumulto
Audiência com Haddad foi encerrada após tumulto
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

"Eu tenho tido o ânimo de debater, mas com os bolsonaristas eu não consigo debater. Eu não consigo debater. Desde 2018 o Bolsonaro fugiu de todos os debates. Agora aparecem aí dois deputados, fazem as perguntas e correm do debate", disse o ministro.

"Eu venho aqui com o espírito público, venho com o dado oficial, venho com PECs e leis complementares que vocês aprovaram, para debater. Agora esse tipo de atitude, de alguém que quer aparecer na rede falando sério e corre, sempre que o debate vai acontecer, estou perdendo aqui um minuto para esse desabafo, porque é um pouco de molecagem, sabe, e isso não é bom para a democracia", disse.

Haddad questionou onde estavam Nikolas e Jordy quando o parlamento votou medidas para sanear o Orçamento público, com a PEC da Transição, por causa de "calotes" que foram dados pelo governo de Jair Bolsonaro. O ministro disse que Bolsonaro deu o calote nos precatórios, vendeu a Eletrobras "na bacia das almas" e lembrou do episódio em que os governadores foram "tungados" no ICMS com a mudança da alíquota modal para combustíveis e energia elétrica.

"Dando calote em precatório e tomando dinheiro de governador, qualquer um faz superávit", disse o ministro, falando sobre o resultado primário de 2022. Haddad disse que o País ainda teria vergonha de ter o quadro de Bolsonaro na galeria de presidentes e ainda disse que o governo não venderá patrimônio público para pagar dívida.

'Moleque é você' 6e6f4m

O deputado Carlos Jordy voltou à audiência após a fala de Haddad e chamou o ministro da Fazenda de moleque. Jordy disse que foi informado que havia o ministro havia sido "extremamente desrespeitoso" e, por isso, retornava à comissão. Ele falou que, como deputado, participa de vários colegiados e que Haddad estava chateado porque ele e Nikolas apontaram verdades sobre a condução da política fiscal.

"Quero te dizer, ministro, que o moleque é você, por ter aceitado o cargo dessa magnitude e só ter feito dois meses de economia. Moleque é você por ter feito com que o nosso País tivesse o maior déficit fiscal da história, de R$ 230 bilhões, logo após o governo Bolsonaro ter dado superávit. E o presidente Bolsonaro ou por uma pandemia. Você, o governo Lula, é pior que uma pandemia", disse.

Ele ainda acrescentou: "Não vem aqui querer cantar de galo na Câmara dos Deputados, porque você é ministro, mas eu sou deputado. Respeite o Parlamento, moleque é você".

Após a fala do deputado, houve um bate-boca generalizado entre os parlamentares, com pedidos para a retirada das menções à molecagem e moleque das notas taquigráficas, que são disponibilizadas após todas as sessões — seja de comissão ou plenário — no Congresso.

Pouco depois, Nikolas retornou fazendo um pedido de questão de ordem. Ele começou a falar enumerando o regimento interno e já emendando um discurso contra Haddad.

"Senhor presidente, na minha ausência aqui, o ministro Haddad falou que estava respondendo elegantemente às perguntas e chamando deputados de mulher. Você acha que tem debate sério com alguém que fala que eu não posso ter 300 milhões de visualizações no vídeo porque não tem 300 milhões de pessoas do mundo que falam português?", disse Nikolas, quando foi interrompido por Correia.

Correia disse que não queria saber do discurso, mas qual o motivo da questão de ordem. Quando Nikolas disse o motivo, Correia emendou que já havia acatado a questão de ordem para retirar a fala de Haddad sobre molecagem e a resposta do deputado Carlos Jordy (PL-RJ), que chamou o ministro de moleque, das notas taquigráficas. Com isso, ou a palavra para outro deputado.

O caos voltou a se instalar na sessão, com muita gritaria. Correia ameaçou encerrar a sessão, mas disse que caso os assessores saíssem da sala retomaria o debate. Houve uma tentativa de apaziguamento e até mesmo a deputada Caroline de Toni (PL-SC) foi conversar com Correia. Sem baixar o tom, e com muita gritaria entre deputados da base e oposição, Correia decidiu encerrar a sessão e dispensar Haddad.

Deputados da oposição puxaram, por duas vezes, um coro de "fujão" para o ministro da Fazenda. Na segunda vez, com Haddad tentando deixar a sala, foram repreendidos pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, que respondeu a gritaria de "fujão" dizendo que os parlamentares "só sabem gritar" e fazendo alusão à "quinta série", devido ao comportamento dos colegas.

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade